Uma escapada para um destino com sol, não passa, para já, de uma miragem para os cidadãos europeus. Com o agravar da propagação e aparecimento de novas variantes do Covid-19, os líderes europeus estão seriamente preocupados com as consequências, provocadas pela circulação de pessoas.
Na tele-conferência da passada quinta feira, Ursula Von der Leyen, a Presidente da Comissão defendeu a implementação de restrições a viagens não essenciais, no que foi acompanhada pelos líderes europeus, face à propagação de novas e mais perigosas variantes do vírus.
Entretanto para o setor turístico, as perspetivas são seriamente preocupantes, com os operadores praticamente paralisados, a caminho da asfixia, de um destino que não promete nada de bom, para empresas e trabalhadores.
A interdição de viagens não essenciais decretadas por alguns governos da União, face ao avanço da doença, é um prenúncio de ‘ruína’. As quebras nas vendas próximas dos 90%, declaradas por alguns dos maiores grupos do setor turístico, são um mau pronúncio, para a economia do setor e dos países.
Da Bélgica, chega-nos um exemplo pela voz do representante do grupo Connections, um dos maiores do setor: “não vendemos quaisquer viagens novas desde 15 de março do ano passado. O negócio teve uma quebra na ordem dos 88%. Em condições normais, o grupo teria um movimento de 180 mil passageiros por dia. No ano passado, não tivemos quaisquer reservas novas”, afirmava Frank Bosteels, porta-voz do grupo, numa reação à medida do governo belga, que esta semana interditou as viagens de lazer.